quarta-feira, novembro 02, 2011

Recordo

Alfarim, por João De
















Recordo, na memória alinhavada,
Teu corpo, teu olhar, o teu encanto,
Carícias sem projecto e no entanto,
Perfeitas de beleza tresloucada.

Na praia, o mar revolto transparece,
O sol em luz e sangue se transforma,
A areia compadece e se conforma,
Enquanto no teu corpo o meu padece.

Meu amor! Os dois corpos, lado a lado
Enlaçam, entrelaçam, beijam, só
Lembrando um renascer de um novo fado.

No íntimo dos dois sabemos nós,
(triste encanto que me seduz sem dó)
Linhas com nós... sem nó... apenas sós

João De