Em palavras me arregaço
Puxo a manga da minh’alma e
Tusso!
João De
quinta-feira, novembro 23, 2006
terça-feira, novembro 21, 2006
Crepitar
Em calma sussurrada de um fogo
Que Prometeu tentou roubar
Olhei, em salvas, a sombra do ardor
Quem em meu peito, amor,
Nada fez senão pairar…
João De
Que Prometeu tentou roubar
Olhei, em salvas, a sombra do ardor
Quem em meu peito, amor,
Nada fez senão pairar…
João De
terça-feira, novembro 14, 2006
Colecção
Se eu sofresse a perdição no estado em que serei ausente
Sofreria a maldição de ter um passado presente
João De
Sofreria a maldição de ter um passado presente
João De
O que fala o Tempo (às vezes)
Em sobremaneira pardo
Num desfile de pensamentos
Vi correr suores lamentos
Sobre os espinhos de um cardo
No desfile em que passavam
Saudades, Sonhos, Amores
Sorriam certos actores
Da vida que não levavam
Sorriam todos de esguelha
De maneira a que a Ausência
Com toda a sua ciência
Não se mostrasse de velha
Sacudiam a poeira
Do comodismo barato
Olhando, então, ao retrato
Que ali estava à sua beira
Em sobressalto miraram
A figura tresloucada
Que parecia parada
Aos olhares que não ‘stancaram
A alta figura sombria
Trazia a perenidade
Sulcos na face, a idade
De quem tudo viveria
Era o Tempo quem lá ‘stava
Mirando gados e povos
Tendo pena dos mais novos
De quem a vida guardava
Inclinou-se pra ninguém
Abriu a boca e soltou
Um gemido que tocou
Para além do mais-além
Sorriu pra todos de igual
Dizendo numa batida:
Num desfile de pensamentos
Vi correr suores lamentos
Sobre os espinhos de um cardo
No desfile em que passavam
Saudades, Sonhos, Amores
Sorriam certos actores
Da vida que não levavam
Sorriam todos de esguelha
De maneira a que a Ausência
Com toda a sua ciência
Não se mostrasse de velha
Sacudiam a poeira
Do comodismo barato
Olhando, então, ao retrato
Que ali estava à sua beira
Em sobressalto miraram
A figura tresloucada
Que parecia parada
Aos olhares que não ‘stancaram
A alta figura sombria
Trazia a perenidade
Sulcos na face, a idade
De quem tudo viveria
Era o Tempo quem lá ‘stava
Mirando gados e povos
Tendo pena dos mais novos
De quem a vida guardava
Inclinou-se pra ninguém
Abriu a boca e soltou
Um gemido que tocou
Para além do mais-além
Sorriu pra todos de igual
Dizendo numa batida:
«Ouçam todos muito bem:
Tudo é efémero na vida
Só a Morte é imortal!»
Só a Morte é imortal!»
João De
segunda-feira, novembro 13, 2006
Mimo
Na esperança do volver
Na flor que não vier
Encontrei a vastidão
Somei aos mares o fotão
Que na sua imensidão
Fez-se de águia fugida
Ternura flor que colheste
Na verdura do cipreste
No horizonte da lua
Colheste, desfolhaste
A flor que no contraste
Nada era senão bruma
João De
Na flor que não vier
Encontrei a vastidão
Somei aos mares o fotão
Que na sua imensidão
Fez-se de águia fugida
Ternura flor que colheste
Na verdura do cipreste
No horizonte da lua
Colheste, desfolhaste
A flor que no contraste
Nada era senão bruma
João De
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