domingo, agosto 30, 2009

Por entre os dedos


Grillon, França - Julho de 2008, por João De

Guardo-me num relógio de espuma
Por entre as horas que não fui...

O tic-tac passou...

E eu...?
 
João De

sexta-feira, agosto 28, 2009

Porque arde


Madeira - Maio de 2008, por João De


Porque arde a ilusão que não existe
Em vespertino olhar que humedece
O sopro da aurora que aparece
Em insular amor que em mim persiste

Porque acontece assim fervor distante
Que implode o bombear da agitação
Que escarpeando o som do coração
Reescreve a cor, o brilho em Ser constante

Não sei qual foi a pedra lapidar
Que em meus olhos a flor te viu brotar
No meio de um oceano adormecido

Não sei que vento o Olimpo irá soprar
Nem sei se quero sentir o teu roçar
Sei que no fim serei um perecido


João De

Auto-Glosa - em corpo



Em luz de nocturno me devaneio
Percorro, em gnose, a altura dos ventos...
Traçando guardas de resoluta inquietação,
Espremendo a brisa que de mim se oculta
E, gota a gota, o suor da ilusão...

João De