sexta-feira, abril 27, 2012

Phoenix reversus


Hoje morro. Morri.
Tantas vezes que padeço,
E outras tantas padeci.

Eu morro de mim em mim.
Mas trago ressurreição daquele que fui.

Sou-me outra vez, imutável
Réplica exacta do que fui e sou.

Assim, morrerei de novo, p'ra de novo renascer.

Não me quero em fogo e cinza,
Basta-me ser folha.
Basta.

João De - Abril de 2012

quarta-feira, abril 25, 2012

Bordadeira

                                                       Alfarim - por João De


Nesta praia entreaberta pelo Mar
P’la espuma, pelo ar e pela areia
Penso sempre naquela bordadeira
De Sentir, de Sonhar e de Amar

Agulha de Vento e linha de Bruma
No meu coração tece sem rodeios
Suspiros e ais e tantos enleios
Trapos e afins e cousa Nenhuma

Bordadeira faz, neste Mar que é meu,
Trabalhos, Paixões, lendas improváveis
De quem Ardores tem no coração seu

Não fala nem geme, trabalha no Breu
Suspira, alenta histórias inarráveis...
Espelha-se no Mar e vejo-me: Eu!


João De (Praia da Morena – C.C. 9 de Abril 2012)

domingo, março 25, 2012

Saevium

                          Praia do Pessegueiro, Agosto 2010, por João De

Não sei se posso ainda dar-te um beijo.
Se puder, não o aceites!
Contém latente o amor...

João De