sábado, maio 17, 2008

VITA


madrugada em Colares - Maio de 2008, por João De

Suaves sucessões de sol transposto
Em asas de azevinho já esquecido
Transbordam as ideias de um olvido
Nas mãos de um vendaval que foi deposto

Não sopram não sorriem nem flutuam
Não compram nem darão a flor ao mundo
Em cegas correrias tecto ao fundo
Que as flores da figueira não amuam(!)

Quisessem tê-la feito em som algum
Quisessem poder tê-la por inteiro
Guardassem-na em alma de nenhum…

Pudessem eles vivê-la ah! pudessem
Em rosto de saudade um só canteiro
Quisessem só sonhá-la ah! quisessem…

João De