sexta-feira, agosto 28, 2009

Porque arde


Madeira - Maio de 2008, por João De


Porque arde a ilusão que não existe
Em vespertino olhar que humedece
O sopro da aurora que aparece
Em insular amor que em mim persiste

Porque acontece assim fervor distante
Que implode o bombear da agitação
Que escarpeando o som do coração
Reescreve a cor, o brilho em Ser constante

Não sei qual foi a pedra lapidar
Que em meus olhos a flor te viu brotar
No meio de um oceano adormecido

Não sei que vento o Olimpo irá soprar
Nem sei se quero sentir o teu roçar
Sei que no fim serei um perecido


João De

3 comentários:

Anónimo disse...

Olá!

est 2, v.1 fervor?

não é fácil escrever sonetos, portanto parabéns pela ginástica, mas a dificuldade maior está em tornar natural um género tão cheio de regras.

usas palavras demasiado rebuscadas, parece me.

a naturalidade tem tantos encantos.

vê a Sophia, o Eugénio de Andrade...

gostava de ler a tua voz mais solta

Anónimo disse...

http://musainspirame.blogs.sapo.pt

João Manuel de Barros disse...

Mto obrigado! :) Este foi escrito muito rapidamente, numa emoção quase revolta :).

Tenho, no blog outros bastante mais soltos na simplicidade, penso...

Um abraço