segunda-feira, novembro 13, 2006

Mimo

Na esperança do volver
Na flor que não vier
Encontrei a vastidão

Somei aos mares o fotão
Que na sua imensidão
Fez-se de águia fugida

Ternura flor que colheste
Na verdura do cipreste
No horizonte da lua

Colheste, desfolhaste
A flor que no contraste
Nada era senão bruma

João De

3 comentários:

Nuno Trindade disse...

Se tenho de colher e desfolhar algo, mesmo que em ou sendo bruma, que esse algo seja uma flor...

im disse...

Qué????

Anónimo disse...

A cena é muda e breve:
Num lameiro,
Um cordeiro
A pastar ao de leve;

Embevecida,
a mãe ovelha deixa de remoer;
E a vida
Pára também, a ver.

Miguel Torga

Embevecida... assim se sente certa mãe perante o "mimo" do filho!
um grande beijiiinho.